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domingo, 30 de dezembro de 2018

PDSML RV 2018 - S01E06

Unova Pinwheel Forest Map.png
Temporada 01 - Episódio 06: "Se preparem" | Localização: Pinwheel Forest
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Assim que despertou, Matheus viu-se no próprio quarto, agora sozinho. Apesar de ter bebido pouco na noite anterior, sentia-se desconfortável com a cabeça pulsante de ressaca do dia anterior. — Uh... Preciso de uma limonada. — No entanto, estava contente por estar de volta a seu corpo. A camisa que tirara antes de dormir ainda permanecia sobre uma cadeira no canto do ambiente, junto com as outras peças de roupas. Céus, que dia louco. A única reação possível foi abrir um sorriso gostoso, porém contido pelos músculos da face que não funcionavam tão bem dado o efeito do álcool.
Pegou o celular do lado da cama e notou ter recebido de mensagem de Otávio. — "Estamos aqui em baixo". — Naturalmente, enrolaria mais um pouco, mas uma energia estranha o puxara para fora da sua zona de conforto, saltando até o banheiro com sua escova, toalha e barbeador, algo estava diferente naquela manhã.
[...]
— Tem certeza que está tudo bem em seguir? — A loira indagou, caminhando com os demais já na saída da cidade.
— Preciso de respostas e, além disso, você não pode chegar atrasadas pras inscrições do torneio, não? — Essa face de Matheus demonstrava piedade e doação da mesma forma que o usual. Não havia dúvidas que seu eu do dia anterior estava certo: "ele" desapareceria no dia seguinte.
— Hum. — Cumprimentou-o, assentindo alegre.
— Se lembra de tudo mesmo? — Zorua descansava dentro de sua mochila, com a cabeça para fora devidamente recostada.
— Sim. Até o que não devia... — Pegou o celular e abriu o vídeo que Bruna mandou para ambos de um dueto dos garotos.
— Foi divertido, vai... 
— Não vai poder mais julgar minha camisa com lustres. — Riu, de sobrancelhas arqueadas, referindo-se a uma passagem de dias atrás com o loiro. — É estranho falar disso, mas não tenho o que mais esconder de vocês, não é? Bem, quero que me desculpem por qualquer coisa que eu fiz ou venha a fazer quando fora de mim.
— Ah, para. A gente gosta de você de qualquer jeito. Até acho que você se veste melhor daquele jeito.
— Puts... Tava nublado e eu de óculos escuros. Mas vou aceitar o elogio porque sei que sou gato demais. — Replicou-a.
— É... Infelizmente tem coisas que não mudam.
Assim que a fala do garoto terminou, o trio prestou mais atenção nas estrada. A luz do Sol penetrava muito pouco o solo da floresta de Pinwheel. Uma trilha foi construída por viajantes nos últimos dois anos, facilitando os que querem cortar caminho direto para a ponte de acesso a Castelia. Mesmo obscuro, enxergar não era difícil graças à frestas de luz entre as folhas. Dessa maneira, avistaram certa figura conhecida a poucos metros no horizonte.
— Chimchar, Brasa!
Era relativamente patético. Uma treinadora crescida lutando contra meia dúzia de Pokémon inseto prontos para virar casulo. Alguns já estavam derrotados no canto, mas a razão desse alvoroço e desespero todo não ficou clara. Antes de lhe chamar-lhe a atenção, Bruna e Otávio apontaram os pokémon para registrar na Pokédex.
https://www.pkparaiso.com/imagenes/xy/sprites/animados/sewaddle.gif
"Sewaddle, o Pokémon Costura. Assim que saem de seus ovos, Leavannies costuram roupas a partir de folhas disponíveis. Por essa razão, é um mascote popular entre fashion designers".
https://www.pkparaiso.com/imagenes/xy/sprites/animados/chimchar.gif
"Chimchar, o Pokémon Chimpanzé. A chama de sua causa queima por causa de um gás em sua barriga, e não pode ser apagada nem mesmo pela chuva. Antes de dormir, a apaga para prevenir incêndios".
— Ei! Além de invadir onde não é chamada também sai pondo fogo em insetos bebês? — Otávio exclamou de longe para Marília.
— Bebês? Isso porque você não viu o que fizeram com Pory. — Seu cabelo também estava cheio da seda advinda de seus String Shot.
 — Não é por nada não, mas acho melhor a gente correr. — Então fisicamente próximos dela, o moreno avisou-os sobre uma ameaça acima deles. Uma Leavanny selvagem saltou no meio do grupo. — CORRE!

https://www.pkparaiso.com/imagenes/xy/sprites/animados/leavanny.gif
"Leavanny, o Pokémon Acolhedor. Assim que saem de seus ovos, Leavannies costuram roupas a partir de folhas disponíveis. Por essa razão, é um mascote popular entre fashion designers".
— Que porra tu tá fazendo? Só corre. — Fez Castillo ao ver a jornalista a apontar a Pokédex. Ah... estrangeiros.
 Em uníssono, o quarteto desesperado bradava, reclamava e ofegava em coro. Só despistaram a criatura furiosa quando chegaram enfim à Skyarrow Bridge. Por mais amáveis que sejam, mexer com pais protetores é um problema independente da espécie. Pausaram para respirar antes de xingarem a jornalista de tudo que tinham direito. Daquele ponto, a grandiosa Castelia era figura muito mais próxima de seus sonhos distantes.
— Não sei quando e como você aprendeu nossa língua, mas tenho certeza que na sua devem ter te ensinado que pisar no ninho de outros Pokémon sempre termina mal.
— Desculpa! Eu não me lembro de ter feito isso! — Disse a Otávio.
— A propósito, você não respondeu nenhuma de nossas mensagens!
— Mil perdões! Eu destruí meu celular e pedi pra Chimchar botar fogo nele. Acho que estou sendo grampeada. Vou comprar um novo em Castelia e registrar como se fosse de outra pessoa, tudo bem?
— Eu não sei como não surtamos ainda. Vamos logo.
— Iria oferecer carona, mas vocês sabem da última vez, né? Além disso, Pory não tá muito bem depois de ser atacado...
— De boa. Íamos te que te aguentar uma hora ou outra. — Apesar do tom de brincadeira, a dupla de Nuvema desconfiava de um provável fundo de verdade ali, já que Matheus desconfiava de Marília.
— A propósito. Antes que eu me esqueça. Vou cobrir o Contest como enviada especial. Bruna, você que vai ver as coisas de pertinho, poderia ficar de olho na Caitlin por mim? Nunca confiei nessa daí, se é que me entende. — A espinha de Bruna gelou. Dadas as suspeitas em voga sobre a repórter, perguntou a si mesma se isso era habilidade investigativa ou espionagem. Todavia, o que ela iria querer deles?
— Caitlin? Ela tá com sono o tempo todo, o que tu acha que ela pode fazer?
"Bruna é esperta... Acho as chances de Marília estar nos traindo são baixas, mas é melhor não arriscar". — Matheus refletiu.
— Palpite, Bruna. Além disso, posso te entrevistar depois do torneio.
— Vai comprar ela com uma entrevista pra TV? — O loiro virou a cabeça, ironizando a atitude da moça de Jubilife.
— Já me vendi por menos, não é? Acho que não tem nada de demais. Minha mãe vai me adorar ver na TV. — Segurou Snivy no colo, apertando-o forte.
— A alma pro diabo... — Otávio balançou em negação. Nenhuma das duas aparentava ligar.
— Deixa disso e vamos depressa. Nesse ritmo a gente chega ainda no início da noite. — A coordenadora indicou impaciente.
— Castelia é linda de noite. Não tem nada assim em nenhum outro lugar, eu garanto!
Matheus recordou-se de ver gravações e fotos de uma cidade tão esplendorosa quanto, Lumiose City em Kalos. Algo em seu peito batia em inquietação para mencionar seu desejo de um dia conhecê-la, contudo, a angústia também se fazia presente ao pensar em deixar Unova. A ideia de partir sozino o assustava e, sendo um possível subversivo, caso não fossem atrás de sua cabeça, seria não menos que um milagre. Ficou calado e resolveu pensar em coisa qualquer menos deprimente.
A longa passarela sem notáveis desníveis facilitava a travessia e, somado ao fato de estarem em companhia, a tarde voou num piscar de olhos. Ademais, agora conheciam uns aos outros melhor que antes: Marília tem ascendência em Alola em segundo grau e arranha um pouco no idioma, Otávio gosta de romances ruins, Bruna finge que sabe tricotar e Matheus tem alguma estranha fixação com exibicionismo.
— Quase sete e meia. — Espreguiçou-se.
Feita a constatação da jornalista, o Sol estava quas adormecido no outro lado do horizonte. Castelia os deixava positivamente tontos com suas dimensões e luzes cegantes. Algo sussurrava à loira para que seguisse os holofotes do plaza central, a rasgar o céu mesmo de tarde. O vaivém caótico preservava-se à noite. Ao observar a Lua tímida surgindo no horizonte, a Sinnoense mordeu os lábios ansiosa.
— Gente, considerem-se entregues!
— Você sabe que não é nossa babá, né?
— Então acho que vocês não vão querer o que eu ia entregar pra vocês antes do amigo pervertido de vocês abrir a boca, certo?
— Shh, ignora ele. O que é? —
— Espero que aceitem isso como um pedido de desculpas. São alguns crachás da Jubilife TV. Com o contest Castelia nunca esteve tão cheia de gente de fora, acho bom vocês usarem um desses para conseguir uma vaga num hotel, e uma vaga boa! Por nossa conta.
— Isso não é só para a imprensa? — Bruna encarou maravilhada, tinham até mesmo foto e informações batendo com seus documentos oficiais.
— Não tem problema. Além de que, vocês vão estar me ajudando, não é?
— Eu sabia... estamos sendo usados. — Castillo esnobou não seriamente. — E nem do jeito que eu gosto.
— Prefiro nem perguntar como você conseguiu esse tanto de informação nossa, mas não nego que o que mais quero agora é um quarto fofinho. Obrigado, Marília! Você não vem pro Contest Hall me acompanhar na inscrição?
— Tenho umas coisinhas pra resolver, mas não vou perder sua apresentação.
— Está certo, até depois!
[..]
Num dos guichês, a coordenadora aguardava o preenchimento de suas informações. Conforme a atendente inseria nome, idade, origem, registros oficiais, pokémon inscritos e detalhes inúteis, a novata não podia evitar de olhar a sua volta: pessoas de todos os tipos, lugares, algumas nem a falar seu idioma. Por alguns minutos nas transmissões nacionais e internacionais, ela teria alguns instantes para mostrar seu valor. Quando estava menos atenta, a funcionária da liga informou:
— Bruna Krupskaya, sua inscrição está confirmada, boa sorte!
— Muito obrigada, Tenha uma boa semana! — Curvou agradecida o corpo suavemente.
A alguns metros dali, Otávio e Matheus conversavam, de pé, esperando a amiga. Os mais afoitos eram aqueles que deixaram a formalidade para última hora, mas ainda assim não empurraram para o último dia. Perguntava-se quantos eram os que disputavam uma vaga entre os trinta e dois classificados para a segunda fase, pouco convicta de seu sucesso de primeira. Apesar disso, ambos mandavam suas melhores energias em apoio.
— Deu tudo certo?
— Sim! Me desejem sorte. — Deslizava as mãos pelas do parceiro de infância, reconfortada.
Ironicamente, a despeito da pouca movimentação, pode-se dizer que alguém fez a questão de passar correndo para esbarrar no grupo. Seu comportamento desviante convergiu a atenção toda para si, em especial da de Matheus, vítima do encontrão.
Cabelos escuros e desgrenhados como os seus, uns oito ou dez centímetros a menos, rosto redondo adornado pelo seu óculos azul de meio aro. As feições mudaram de água ao vinho ao acordar à realidade, de um ansioso assustado para um sereno não condizente com sua pressa. O aspirante a líder viu-se de boca seca e estático, sem motivo algum.
— Uh... Me desculpem. Não olhei por onde. — Recolheu, por conta própria alguns papéis que deixara cair, inclusive uma cópia de um documento pela qual tentara bisbilhotar depressa. — "Niklaus, Nicolas, Nic... Não consigo ler" — A oportunidade para ler seu nome foi tão passageira quanto decepcionante. As palavras não lhe corriam no momento, contudo, se corressem, formariam reclamações sobre se apaixonar por cada rostinho bonito que dá de cara.
— Não foi nada. — A gagueira ocorreu-lhe sutil.
— Matheus, o que você está dizendo? Ele já foi embora.
— Ah, esqueçam. — Suspirou para Bruna.

[...]
Em algum lugar sobre os oceanos de Unova
[...]
— Vocês são descuidados demais. Não precisavam ter feito isso com Lenora. — Uma figura envolta em um capuz escuro, assim como os demais presentes na sala, com exceção daquele com quem se dirigia (o qual não escondia o rosto), rebatia diretamente com o líder sobre suas ações.
— E quando a Hawes? Você não se importou? Você é mesmo muito hipócrita. — Um homem alto, de madeixas acinzentadas, manteve-se sentado sobre o trono. Devia estar na faixa dos cinquenta anos. Ao seu redor, cinco homens, os quais pareciam serem seus mais fiéis seguidores, mantinham-se de pé escutando atentos, rindo sadicamente.
— Eu nem me lembrava desse, não era preciso fazer o que fizeram, mas já que deram um fim, ótimo. Mas vocês deixaram MUITOS furos.
— Quais? Sei que pode ser melhor que isso. Ela está nos porões, vamos soltar quando for a hora. Já até estou com pena, nem quis comer esses dias... — O riso sincronizados se repetiu. Sabia do fim que Hawes tivera, entretanto, não associara nesse ponto o que estavam a fazer com a ex-líder museóloga.
— O roubo foi um sucesso. Por que você me quer aqui então?
— Estaria mais preocupado se a situação fosse outra, mas ninguém importante desconfiará tão cedo. Abra seus olhos, você está por um triz. Aquele filho adotado de Lenora entrou com meia dúzia no museu. Se ele não for um completo imbecil e ligar os pontos, vai começar a suspeitar e teremos mais problemas.
— Se livrem dele, não é tão simples como você diz, Ghetsis?
— Não me faça me arrepender de te designar marechal. Já está alinhado. Você encontrará ele em breve. Elimine suspeitas.
— Farei o melhor, meu líder.
Desapareceu nas sombras tão rápido quanto surgiu. Sua missão fora dada. Os passos próximos que a equipe plasma tomaria ainda eram obscuros, no entanto, estavam todos crentes que Ghetsis os conduziria à vitória. O grupo dos sete sábios permanecia ativo, mesmo dois anos após a queda. O novo informante tomava lugar de um dos antigos traidores, foragidos no momento da conversa.
Acima, passos sincronizados em marcha dos mais obnóxios soldados podiam ser ouvidos debaixo, anunciando algo grandioso. Em breve ele teria o que sempre sonhou para saciar brevemente a própria megalomania: ser rei, incontestado, respeitado e saudado, visto pela maravilha que é. Sim, o führer do novo mundo.
"Dois de outubro. A vigilância cuida do normal.
Gorm, Ryoku, Rood, Giallo, Bronius continuam desaparecidos. Porém, a exclusiva preocupação mesmo é Rood, o único com coragem para fazer alguma loucura e estragar tudo, mesmo que isso também o destrua. As buscas pelo traidor maior continuam. Dentro de algumas semanas, ascenderemos pelo terceiro impacto. Fim de transmissão."
- Zinzolin